
É uma
parte do Marco Civil da Internet: a neutralidade da rede.
Atualmente, no Brasil, seu
provedor de internet não bloqueia seu acesso a um determinado conjunto de
serviços, nem pode tornar o uso de uma rede social pior que outra. Isso é
neutralidade da rede: significa a inexistência de discriminação sobre o que se
trafega. A neutralidade da rede não está relacionada com a velocidade
contratada.
A empresa de telecom deve
ter o direito de cobrar de forma diferenciada por ofertar uma internet mais
rápida ou mais lenta. Se cair a neutralidade você poderá contratar 10 Mb de
internet que não permite acesso a um serviço como Skype. De acordo com a neutralidade,
depois de contratado um serviço de internet com uma determinada velocidade, o
seu uso não deve ser discriminado. Foi este princípio que tornou a internet o
berço de tanta inovação nos últimos 20 anos.
É por causa da neutralidade
da rede que empreendedores, no mundo inteiro, podem ter ideias inovadoras sobre
como usar a internet. Mas será que algum empreendedor teria motivação para
inovar sabendo que a empresa de telecom poderia, a qualquer momento, bloquear o
serviço que ele criou? Ou seja, o fim da neutralidade da rede também implica o
desincentivo para o surgimento de novos e inovadores serviços.
Caso a neutralidade caia, no
futuro você poderá comprar um pacote de dados da sua operadora de telefonia
celular sem WhatsApp, pagando mais barato, ou com WhatsApp, pagando mais caro.
Poderá ficar limitado a um serviço de filmes próprio da sua operadora de
internet residencial ou pagar um pacote adicional para ter acesso ao YouTube.
Talvez nem possa mais fazer uma chamada via Skype/Viber ou Hangout para um
parente no exterior.
O Marco Civil da Internet
afeta diretamente seu estilo de vida. Como o deputado que você colocou no
Congresso vai tratar deste assunto?
Com informações do JusBrasil, Danilo Henrique
0 Comentario "O fim do WhatsApp, NetFlix e Skype pelo Marco Civil da internet"
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